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sábado, 21 de agosto de 2010

Conflitos Biblicos?

Humberto, cada vez mais interessado em se aprofundar naquela ciência,
questiona agora algumas passagens bíblicas que parecem conflitar com a
doutrina: "Bom, senhor, muito estão me sendo esclarecedoras estas
elucidações e vejo o quanto preciso estudar para nosso afetuoso debate.
Porém, já tomando como objeto de estudo, gostaria, para terminar, que me
comentasse alguns pontos que parecem discordar de vossa doutrina perante o
próprio evangelho que vocês também tanto se baseiam e pregam. Cito aqui
algumas passagens que conheço e apreciaria muito que me as comentasse:

1- O Inferno;
2- Proibição de Evocar os Mortos;
3- Demônios e Satanás;
4- Penas eternas;
5- O Espírito Santo;
6- O Cristo disse: Ninguém vem ao Pai senão por mim;
7- Reencarnação perante Abel a Caim;
8- Ressurreição;
9- E o homem só vive uma vez;
10- Fora da Igreja não há Salvação;

O Dirigente, com extremada alegria, retoma a palavra: "É um prazer poder
falar sobre estas coisas e ótimo dissipar a desinformação. Para dar crédito
a uma obra é preciso conhecer seu autor. E para evitar incorrer em erros e
render-se a subjugação do fanatismo é preciso apurada razão. A fé cega e
irracional é o mal de muitas tragédias, pois a fé sem raciocínio leva
somente a dois caminhos: a incompreensão ou ao fanatismo. Como diz Kardec:
"Somente a fé inabalável pode enfrentar a razão face a face, em todas as
épocas da Humanidade." Desta maneira, cabe ao interpretador de hoje, munido
de bom senso, pesar cada afirmação no crivo da razão para que, refletindo
sobre cada frase, retirar o verdadeiro ensinamento.

O Cristo ajustou e completou a lei de Moises, assim o espiritismo, que é o
Consolador prometido pelo próprio Cristo, faz com as religiões atuais. E,
como era de se esperar, assim como foi na época do surgimento do
cristianismo, sofre preconceitos, ataques e difamações. Mas é com o
questionamento que dissipamos o desentendimento e com razão, estudo e boa
vontade que compreenderemos as verdades.

Bom, como falei no início, é preciso alicerçar-se em base sólida, da mesma
forma como é todos sabido que os evangelhos foram traduzidos e adequados
através do tempo. Portanto, com a bússola do espiritismo, unida a razão,
podemos retirar o verdadeiro ensinamento do Cristo. Vou então tentar
explicar os pontos por você levantados segundo a nossa doutrina:

1- O Inferno: se quiser pensar que há um lugar para os maus ficarem que
assim seja. Porém a condenação eterna contrariaria alguns dos maiores
atributos de Deus: Bondade e Misericórdia. Seria o Pai capaz condenar
eternamente suas criaturas? Negar auxilio ou reconciliação? Deus amaria
menos um homem a que um pai que perdoa o erro do filho?

2- Proibição de Evocar os Mortos: A lei mosaica condenava a evocação fútil
dos desencarnados. Geralmente, os rituais de evocação da antiguidade
possuíam caráter diverso e espíritos inferiores se divertiam com as
confusões por ele geradas durante as evocações frívolas. O espiritismo adota
também esta proibição como advertência e que os Espíritos devem ser evocados
em nome de Deus, em caráter de auxilio ou instrução.

3- Demônios e Satanás: Existiria criatura tão poderosa quanto Deus? Ou Deus,
todo poder e bondade, irado, rebaixaria e exilaria eternamente um de seus
filhos? A idéia de anjo, ser perfeito; Perfeito, compreendeis bem esta
palavra? Cairia? A lei do progresso é única e aplicada a todos, sem exceção.
O caminho ao arrependimento e resgate está sempre aberto.

4- Penas eternas: Nos evangelhos encontramos as palavras fogo e eterno,
dentre várias outras. Lembro aqui, novamente, que a tradução através dos
tempos faz muita diferença, especialmente quando palavras trazidas de
figuras de linguagem ou de antigas línguas pobres de palavras. Ao analisar o
todo da obra, podemos ver a incoerência de uma condenação eterna. O Deus da
antiguidade que não perdoa, que se nega ao pedido de redenção e despeja ira
àqueles que desrespeitam suas vontades, desaparece ao passar dos milênios.

5- O Espírito Santo: Em algumas passagens podemos ver a citação Do Espírito
Santo ou O Espírito Santo. Por que não haveria de haver mais de um Espírito
Santo? A tradução bíblica mais uma vez leva a um entendimento errôneo se
lermos O Espírito Santo ao invés de Um Espírito Santo.


6- O Cristo disse: Ninguém vem ao Pai senão por mim: Jesus, empossado de sua
autoridade Crística proclama esta magnífica afirmação. Ou seja, que não há
outro caminho à felicidade celeste senão ser Cristão. Compreender e, acima
de tudo, praticar o que o Cristo nos ensinou é a porta que nos leva ao Pai.

7- Reencarnação perante Abel a Caim: a ciência já não demonstrou que estão
figuras são mitológicas? Cabem argumentos diante das evidencias?

8- Ressurreição: Mais uma vez temos emprego errôneo das palavras. A
Ressurreição da Carne, foi um dos milagres praticados por Cristo, como o de
Lázaro e até mesmo Ele próprio. Mas que não deve ser empregado em caráter
comum. Na época do próprio Cristo o conceito de Reencarnação era
compreendido por alguns doutores da lei e foi divulgado pelo Jesus aos
homens. Porém, quando Roma incorporou o Cristianismo para suas crenças
ritualizando, dogmatizando e caçando os fiéis que se mantinham ligados aos
verdadeiros ensinamentos do Cristo, efetuou as modificações que lhe
convinha. Vemos muitas delas no Concílio de Niceia, negando e alterando a
verdadeiras idéias Cristãs que intermediaram a mensagem do Cristo aos
homens.

9- E o homem só vive uma vez: A afirmação está correta para o homem
encarnado. O corpo, instrumento único e perecível, que fornece ferramenta
para a interação no meio terrestre, não retorna à vida.

10- Fora da Igreja não há Salvação: Esta é uma afirmação do homem, motivado
por interesses e cercar-se de fiéis como o único dono da verdade. O
espiritismo não prega que fora dele não há salvação, nem assim poderia se
dar. A verdadeira mensagem que poderia ser dita por nós, segundo os
ensinamentos do Cristo seria: Fora da Caridade não há salvação. Logicamente,
entendendo o verdadeiro conceito de caridade, o que muitos, erroneamente,
associam a dar esmolas ou contribuir com o que não lhe é mais necessário.


Obviamente, o que eu disse são idéias incompletas e é de suma importância
que o interessado pesquise, estude, reflita e questione." Humberto, com
terno sorriso e tocando carinhosamente no ombro do dirigente lhe fala:
"Curioso como quando saímos do mundo de idéias e conceitos pré-concebidos,
ou melhor; pré-conceitos, que nós mesmos criamos como verdades absolutas e o
despertar nos abre um leque de possibilidades, interpretações e raciocínio.
Estranho como nunca questionei algumas idéias que simplesmente me foram
impostas sem permitir maiores esclarecimentos. Mas sei que hoje o acesso a
informação possibilita o homem ao estudo e ninguém mais poderá dizer que
desconhecia. O livro que me falaste foi: "O que é Espiritismo", certo? "Pois
bem, apreciarei a leitura deste."

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Afinal, o que é ser Espírita?

Humberto volta a questionar o dirigente espírita: "Então, afinal, o que é
ser Espírita? E por que os espíritas se diferem tanto em suas idéias e atos?
Vejo alguns nos chamados terreiros como pais de santos, outros praticando
sacrifícios de animais e já até mesmo ouvi alguns que acreditam que hora
podemos reencarnar na forma humana e depois animal." O dirigente, com tom
sério de lamentação corrige Humberto serenamente: "Não Humberto, não é isso.
Assim como nas demais religiões, não devemos esperar seguidores perfeitos,
tampouco proclamadores coerentes com a doutrina. Neste mundo, seja onde for,
não há modelos precisos, seria pretensão nossa acreditamo-nos privilegiados.
Infelizmente há os ditos espíritas que assim se dizem por somente aceitarem
alguns poucos conceitos da doutrina. É importante o questionador saber
separar conceitos de crenças e idéias de doutrina. Muitos ensinamentos
espíritas não são novos e já eram aceitos e praticados em outras crenças. Já
outras religiões, talvez por falta de adequação ou divulgação, resolveram
aceitar somente o que lhes convinha, manifestando-se espíritas, destoando e
distorcendo as verdadeiras idéias da doutrina codificada por Kardec. Vale
ressaltar a importância de o questionador conhecer demais religiões, dogmas
e crenças para melhor se situar, até mesmo dentro das afirmações de falsos
espíritas. A Umbanda, o Candomblé, o Hinduísmo, o Budismo, o Islamismo,
dentre outras crenças e religiões, por exemplo, possuem pontos comuns, mas
nem por isso são idênticas. Então, respondendo sua pergunta, tomo a
liberdade de citar a frase do codificador acerca do que falei: "Reconhece-se
o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que
emprega para domar suas más inclinações." Humberto fica pensativo e diz:
"Profunda a frase. E vejo que preciso estudar para debater. Peço que me
perdoe à insistência e, mesmo ainda conhecendo superficialmente o
espiritismo, aventuro-me em mais questões. Ouvi falar de grandes fenômenos
como movimentação de objetos, os ditos médiuns que falam outras línguas,
materializações e outros eventos notáveis, mas que nunca chegam a público.
Não seria mais fácil e rápida a conversão se tais fenômenos ocorressem em
público?" O dirigente explica: "Embora todas as questões já tenham sido
respondidas nas obras do codificador, especificamente em: "O que é
Espiritismo", vou me aventurar em tentar respondê-las. A estória da
humanidade sempre foi cercada de fenômenos extraordinários nem por isso
todos os homens se converteram. O dito sobrenatural sempre beirou o homem
encarnado, porém nem assim ele se rendeu às evidencias. Logo, mesmo a
experiência, o conhecimento e a comprovação de alguns não induziriam ninguém
a uma verdade, fosse ela qual fosse. Então, para concluir minha infame
tentativa, deixo mais uma frase de Kardec para você refletir: "A fé
necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que
se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário compreender." Humberto,
medita por alguns instantes sobre as últimas informações. E, novamente, faz
outro questionamento: "E os ditos feiticeiros, magos, jogadores de tarot,
búzios e afins?" O dirigente responde: "Estes menos ainda tem a ver com o
espiritismo que os primeiros. É preciso analisar os princípios básicos e os
métodos recomendados para se evitar este tipo de associação equivocada. Aos
estudantes da doutrina são ensinados vários meios para se reconhecer o
verdadeiro espírita. Embusteiros e interesseiros não somente em nada se
relacionam com o espiritismo, como devem ser evitados. O trabalho
desinteressado, o desejo da fraternidade universal e amor incondicional são
as verdadeiras marcas do espírita cristão. E, se pensas que há de achá-los
facilmente, engana-se. O verdadeiro espírita é brando, simples e humilde de
coração. Pratica o evangelho no limite de suas forças e foge de todos os
elogios fazendo o bem pelo bem, sem qualquer interesse em agradecimentos ou
elogios."


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domingo, 15 de agosto de 2010

Afinal, O que é Espiritismo?

Humberto, homem letrado e religioso, estava a conversar com um dirigente
espírita habilidoso. Humberto não concordava com o espiritismo, porém,
educado e questionador, não atacava, mas se interessava em sadiamente
debater idéias. Pergunta ele ao dirigente: "Afinal, o que é Espiritismo?
Vejo esta doutrina, que não é ciência nem religião crescer assustadoramente,
acolhida, em maioria, pelos de maior escolaridade. Certa vez ouvi de um
estudante que o espiritismo não obriga ninguém a crer nele, tampouco condena
quem não o segue. Mas motiva a transformação moral de cada ser, não
importando sua a religião. Aquela informação me despertou a curiosidade,
pois nunca ouvi nada parecido de outra religião." O dirigente, chamando
Humberto a sentar-se com ele, entra numa agradável e inspirada dissertação:
"O espiritismo é o Cristianismo em sua versão mais pura e cristalina. É o
convite a reforma moral e ao trabalho assistencial. Foi necessário surgir
segundo a ciência para tomar a razão como alavanca, sustentando-se em
raciocínio e fatos. Se o Cristo não disse todas as verdades foi porque
julgou, naquela época, deixá-las veladas. Vamos tentar analisar alguns
pontos que algumas pessoas, sem sequer darem-se ao trabalho de conhecer,
atacam. Reparemos, inicialmente, na historia do próprio Cristo, o messias
havia sido profetizado e previsto. Os vaidosos, orgulhosos e sabichões o
aguardavam como um poderoso rei, capaz dos mais majestosos prodígios,
nascido sob festas e berço dourado. O profeta, por eles esperado, somente se
relacionaria com os de sua classe, condenando e desprezando os simples,
pequenos, pobres e doentes. Eis que surge o Grande Mestre, o Messias,
previsto por muitos. Mas, para a surpresa daquele o povo da época, Ele era
um homem simples, pobre e humilde de coração. Nasce sem celebrações
sultuosas, crescendo junto aos carentes, caluniados, cruéis, doentes, fracos
e arrependidos. É aceito, inicialmente, pela classe que clamava socorro a
quem lhes estendesse a mão. Desta forma, foi negado pelos poderosos e
vaidosos que não podiam ver na simplicidade daquele homem o esperado
Messias. Classificaram-no então como messias dos pobres, o rei dos judeus,
já que esses acreditavam no monoteísmo. O Cristianismo nasceu, cresceu, se
enraizou na terra e alastrou-se pela crosta. Quando os poderosos governantes
viram não podiam mais ignorar aquela crença na qual seus fieis suportavam os
mais duros martírios em nome de um carpinteiro humilhado, torturado e morto,
incorporaram-na à sua crença, aceitando o que lhes convinha. Ao passar dos
anos, a mensagem sofreu influências políticas, ideológicas e más
interpretações. E, quase dois milênios depois, assim como a lei do Amor,
pregada pelo Cristo na época onde a lei mosaica impunha-se desvairadamente,
a sabedoria divina sacode a novamente razão dos homens perante a verdade dos
fenômenos da vida após a morte. E surge o espiritismo, cuidadosamente
analisado, classificado e organizado numa doutrina de caráter cientifico
baseada em evidencias e na razão. Desperta uma ciência de cunho doutrinário
nas mãos de um preparado cientista, inicialmente incrédulo. E assim teve de
ser, para que seu codificador desse à futura doutrina o caráter experimental
e observatório, necessários à solidificação da mensagem. E, numa época onde
a ciência e religião declaravam-se inimigas, nasce do ventre cientifico
novamente mensagem do Cristo. Porém, agora, pura, completa e livre de
dogmas, ritos ou hierarquias, num trabalho formidável da espiritualidade
para os homens que passam pela terra. A mensagem toca no âmago de cada um
que se dá ao trabalho de estudá-la com afinco e esteja em certo grau de
progresso para compreendê-la, aceitá-la e praticá-la. Os que hoje a negam a
aceitarão no futuro, numa existência ou em outra, pois terão de encarar a
realidade que estudamos desta forma, não forçamos ninguém a aceitar coisa
alguma. É talvez este um dos maiores feitos do espiritismo praticado;
convencer pela brandura e pelo exemplo. O espiritismo desdobra conceitos
quebrando falsas idéias, mitos e crenças embutidas pelos próprios homens
que, em sua natureza ainda inferior, corrompiam tudo que tocavam. O
espiritismo é, por assim dizer, uma ciência de observação de caráter
religioso que revive o Cristianismo, convertendo, através da razão e do bom
senso, os chamados trabalhadores da segunda hora. E valemo-nos da afirmação
de seu magnífico codificador em sua memorável frase: "Não há ninguém que,
após um estudo sério e racional, não se renda às idéias espiritas." Pois, é
através da fé raciocinada entre a ciência e a religião que o homem
despertará para as verdades desta vida.


Continua...

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