Certa vez, um impiedoso assassino que esfaqueava suas vitimas, desencarnou. Em região muito sofrida e em estado extremamente lamentável, foi visto por um espírito mais elevado. Este, após cuidadosa análise e reflexão, perguntou ao seu mentor perguntou: “Nossa, por que aquele irmão está todo furado?” O mentor lhe respondeu explicando: “Seu perispírito agora sofre dos ferimentos e lamentações que causadas às vitimas e aos entes que lhes eram caros. O sofrimento deles agora é o sofrimento dele. Ele sofre pela dor da consciência e a vergonha de seus atos.” O aluno pergunta novamente: “Mas se todos somos criados iguais, simples e ignorantes com as leis de Deus escritas em nossa consciência, com o espírito encarnado pode ser capaz de atos tão desprezíveis?” Eis a resposta do sábio: “A consciência e as leis são sim as mesmas e acessíveis a todos. Porém, a capacidade de consultá-la depende da situação de cada ser. A consciência é a porta divina, é a luz que ilumina o caminho de todos os seres inteligentes e quando a comunicação com ela não sobre empecilhos, ou ao menos tanto, a comunicação com divindade se dá sem interferências e a escolha do certo ou errado é tão clara quanto a luz solar. Acontece que os seres, de pequenos em pequenos erros, falhas morais e simples delitos que hora julgaram ser nada, cresceram e acobertam luz da consciência. E, com tantos erros, deixaram-na tão obscurecida que sua voz, quando encarnado o ser, grita, sem sucesso, convidando ao fim do delito e ao exame do arrependimento. Desta maneira, o ser, após sua desencarnação tem clara vista do mal que fizera e sofre de todos os remorsos de suas ações pretéritas.”
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