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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Testemunho de um Ex-Materialista

"Meus queridos amigos de caminhada, sem embaraços, venho até aqui dar meu
testemunho para vosso auxilio e instruçao. A estrada a percorrer é larga,
mas o homem a faz penosa por nossos próprios erros. Os convites aos desvios
são números e tentadores, porém, meus irmãos, todo o amparo, sugestão e
sofrimentos nos são colocados à frente para que enxerguemos o caminho
errado. E precisamos da lente de humildade para verificar nosso erro e nos
postarmos novamente à estrada larga destinada à ascensão que é destino de
todos. Meu nome é Mauro e vou aqui contar minha estória. Nasci em família
abastada, infelizmente com pouco valor moral. Meus pais também herdaram
grandes bens, porém poucas virtudes, trabalho até hoje por eles. Em minha
infância nada foi negado, cresci sem limites e jamais conheci a necessidade.
Minha adolescência, como era de se imaginar, regrou-se de drogas de diversos
tipos, sensualidade e luxuria. Aos meus irmãos de diferente opinião ou
inferior classe social impunha humilhações inimagináveis. Violências
gratuitas, impropérios e subornos me mantinham nos mais profundos desvarios.
Era um jovem onde o luxo, bem como os recursos financeiros e minha vaidade,
não tinham limites. As vozes amigas tentavam em vão me alertar e, de mim,
recebiam gargalhadas irônicas de desprezo em troca. Ainda jovem, antes dos
trinta anos, contraí o matrimonio com linda donzela que ascendera, através
da moda, de classes humildes. Não demorei a destruir minha ultima esperança
de ajustamento: o lar. Humilhava minha linda esposa como fosse um objeto a
ser usado das mais diversas maneiras. Suas belas formas fazia-me vê-la mais
como um objeto sensual a qual era sua obrigação servir-me. A infeliz,
sabiamente, deixou-me antes de enlouquecer. Como fuga, aumentei minha
presença em bares, danceterias e bordeis. O objeto era sempre o prazer. O
prazer... quanto mais era melhor. Mas, na medida que eu alimentava meus
instintos terrenos, crescia em mim um vazio inexplicável. Um vazio que eu
tentava calar com as mais diversas companhias. Neste ínterim, tornei-me
intimo de três companheiros. Julio, Marcelo e Carlos. Quase todos na casa
dos quarenta anos, o mundo parecia nosso e deveria ser explorado, os limites
eram facilmente violados com o dinheiro. Carros, mulheres, casas e
apartamentos. A praga do dinheiro não se acabava. E usávamos de tudo, como e
o quanto podíamos. Meus pais se foram sem que eu soubesse a causa. O que eu
poderia sentir de alguma dor ou remorso era facilmente afogado num porre de
uísque. Ao entrar na idade onde o homem verdadeiramente desperta, observei o
falecimento de Julio num acidente automobilístico e o de Marcelo, já
conhecido em algumas delegacias, por overdose. Estas duas mortes me chamaram
a atenção da temporariedade da existência, mas não me entreguei a
preocupações. Eu, Carlos e mais alguns amigos interesseiros demos
continuidade a vida de noitadas, mulheres e desvarios dos mais diversos e
absurdos. Entretanto, uma abençoada doença levou-me ao hospital para tratar
o corpo que não mais suportava tantas injurias. Pulmões, fígado e intestinos
comprometidos. O quadro era grave e algumas semanas num leito de um hospital
me colocam a pensar e refletir. Eu tivera tudo, mas não tinha nada. Bebi no
cálice do pecado por centenas de vezes e não mais sentia prazer algum. O
mundo que antes parecia ilimitado, limitou-se. A vida era limitada. Meus
sonhos ainda eram sensações e desejos eróticos cheios de avarezas e prazeres
de todo tipo que eu parecia não mais poder usufruir. Minhas visitas
resumiam-se a pedidos de uso de minhas herdadas residências e automóveis,
até dinheiro, por parte daqueles que eu chamava colegas. Confesso que nunca
houve votos de sinceridade. Certo dia um médico, após certa bajulação,
devido a minha posição na sociedade, me afirmara que eu poderia ter alta se
observasse algumas regras e restrições. A esperança que ele tentava me
passar estranhamente em nada me animava. Eu era um homem trapo com pouco
mais de quarenta anos de idade e agora com a consciência perturbada. A vida
a fora era um vazio que eu não podia compreender pois já havia de tudo
tentado. Estranhamente falei para ele não se preocupar que estava bem ali e
não tinha pressa em partir. Sabia decisão, ali fiquei por mais alguns dias.
Numa tarde de domingo, um grupo de religiosos entrou na ala que eu estava e
não me negaram comunicação. Após um cumprimento, Silvia, uma senhora de
rosto delicado tocou uma das mãos oferecendo-me uma rosa, recebi sem muito
falar. Minutos mais tarde uma criancinha de olhar doce e angelical, sem
cabelos puxou assunto comigo. Fui levado às lagrimas ao tentar encontrar
palavras para falar de minha vida. Calei-me, mas ela compreendeu. Seu nome
era Gabriel, meu anjo Gabriel. Ele falecera algumas semanas depois, mas me
deixou o maior presente da minha vida. Ele me acordou para o que era
realmente a vida. E, quando Silvia, a senhora de face delicada, retornou
conversamos por horas. Deixei o hospital imediatamente para o abrigo que
aquele grupo dizia sustentar. Esvaziei os recursos financeiros que me cabiam
e tripliquei o número de crianças auxiliadas naquele abrigo dando-lhes
conforto e até atenção. Certo dia, sonhei receber uma flor do meu anjo
Gabriel, foi o momento mais sublime de minha existência. Tempos mais tarde,
numa festa de aniversario, preparada para mim, naquele abrigo que trabalhava
e morava senti o amor, o prazer e a satisfação que tanto procurei na vida.
Sem sucesso tentei conter as lagrimas para não constranger as criancinhas. A
sublimação de meu espírito alcançou limites num êxtase jamais imaginado.
Chorei no colo de dezenas de criancinhas que salvaram a alma de um pecador
que agora conhecia verdadeira felicidade. Nenhum prazer terrestre jamais me
fizera, ou poderia tê-lo feito, sentir sequer um fragmento do que aquela
felicidade que eu sentia ao me doar naquele trabalho. Passado certo tempo,
ao me preparar para uma das aulas de evangelização que eu tentara ministrar,
sob sugestão de Silvia, li em lágrimas a frase do Cristo: "Eu tenho alimento
que o mundo não conhece". Roguei agradecimentos ao Pai e ao divino Mestre
por ter encontrado na caridade o alimento da alma, o prazer infinito do amor
praticado em favor do próximo, a satisfação que não é deste mundo,
temporário e que as traças e a ferrugem corroem. Morri na terra pobre como
um ex-rico, ridicularizado pelos companheiros menos felizes. Chamado de
louco por aqueles que não compreendiam o sentimento que experimentava. Não
salvei ninguém, fui salvo. Compartilhar o teto com crianças abandonadas e
necessitadas de toda ordem curou-me as chagas e alimentou-me a faminta alma.
Acordei num plano onde minhas roupas não estavam mais em trapos, mas sim
brilhantes pelo sol celeste do amor. Enquanto minha visão se clareava vi meu
Gabrielzinho com uma flor nas mãos e os braços abertos. Ajoelhei-me a seus
pés e beijando-os implorei que me enviasse de volta, pois não era digno de
ali estar e tinha trabalho a fazer. Ele me levou para um abrigo onde fui
recebido por pais e mães que achavam me dever algo pela assistência prestada
em terra. E eu, somente me envergonhava da minha vida antes de encontrar
Silvia e meu anjo Gabriel. Trabalho ainda num abrigo sob a tutela de nosso
Mestre e o alimento é abundante."

---
Mais estórias em: http://estoriasespiritas.blogspot.com/

sábado, 17 de julho de 2010

O Desencarne de uma não espirita (Parte 2)

Em lágrimas, após seu desligamento, Amélia entrega-se ao belíssimo anjo que
a toma no colo fraternalmente e partem para a colônia dos Servos de Maria.
Amélia desperta em um hospital onde permanece por algumas semanas até que
seu perispírito esteja novamente em ordem e equilíbrio. Durante sua estadia
ela questiona os auxiliares e enfermeiros do por que daquele estado e local
exigindo que a levassem ao paraíso. Sua inabalável crença trazida não lhe
permitia aceitar nenhuma explicação oferecida. Ela exige a presença de um
dos lideres daquele plano que compartilhasse suas convicções para dar-lhe
ouvidos. Passados alguns dias, o irmão Amaro se apresenta como um antigo
pregador evangélico que já alguns anos deixara a crosta e agora lecionava em
algumas escolas daquela colônia. Um carinhoso, instrutivo e diário contato
se estabelece. Eis alguns trechos das conversas de ambos: "Pastor, eu não
compreendo o que se passou e se passa comigo? Onde está o paraíso? Onde
estão os anjos? Eu mesma vi um. Por que fui ao inferno e voltei? Que estado
é este em que eu me encontro? Sinto dores e não consigo me mexer direito."
Amaro, lhe acariciando os cabelos, lhe fala: "Minha irmãzinha, as
explicações virão a seu tempo. Seu estado atual é resultado de sua
imprevidência para com seu corpo físico, você será tratada com amor e
carinho pelos irmãos que aqui se dedicam a sua saúde." Amélia: "Saúde? Como
assim se eu morri?" Amaro: "Infelizmente você não compreendeu toda a lei que
lhe foi oferecida, tolheu-se num raciocínio limitado e se fechou para um
maior entendimento das verdades alimentando falsas idéias e ideais. Seu
estado hoje aqui é a manifestação espiritual de suas atitudes na crosta."
Lentamente, dia após dia, Amélia vai se desligando de falsas idéias e
vagarosamente vai aceitando contato e convívio dos que só procuravam
auxiliá-la. Em poucos meses de tratamento intensivo no Hospital da colônia,
ela pôde sair para assistir palestras, passear e se instruir. Recebeu também
a visita de entes queridos e se identificou cada vez mais os ajudantes e
enfermeiros que lhe atendiam com grande préstimo e benevolência. Passados
alguns anos desde seu desligamento da matéria, Amélia recebe autorização
para algumas visitas a seus entes que permaneceram na crosta. Certa vez, num
dos belos jardins da colônia, Amélia encontra uma velha amiga, conversam e
se divertem ao lembrar de estórias terrenas as quais, agora, sob aquela
ótica transcendental, de nada tinham de triste. Compreendem a vida como uma
apresentação, uma arena onde a arma era o Amor instituído pelo Pai e
ensinado por Jesus. Amélia desabafa humildemente com a amiga: "Minha querida
irmãzinha, não imaginava que o Pai permitisse construções tão belas quanto
as que temos aqui. Soube que esta colônia é também indicada a desencarnados
que estão dando seus primeiros passos na senda religiosa terrena. Não me
permitiram conhecer existências passadas, os poucos detalhes que pude
conhecer, para meu próprio aprendizado, assim o disseram, foi que em meu
penúltimo retorno tornei-me convicta no divino Mestre. Porém, infelizmente,
na última existência não pude fazer tudo que poderia. Limitei-me a verdades
moldadas pelos homens, desrespeitei meu corpo físico e ignorei muitos que
somente queriam me ajudar abrindo-me os olhos. Oro muito por estes todas as
noites pedindo que o Pai os abençoe, que eles continuem levando a outros
irmãos da terra a mensagem espírita e que recebam forças e motivação, mesmo
encontrando desprezos e injúrias. Ah, minha amiga, se eu não estivesse
pronta para perceber isto hoje estaria agora em prantos de lamentação pela
existência pouca aproveitada. Se o que aprendi me levou a fazer algo de bom
para meu progresso isto talvez teria sido pouco mais de 1 por cento. Me
disseram que era para ser assim, que eu poderia até mesmo ter aceitado
outras idéias que me chegavam, mas ser Cristã naquela existência, para mim,
já era um grande salto beneficente. Rogo bênçãos ao Pai pelo Codificador que
levou a mensagem do Espírito da Verdade à terra e aguardo oportunidade de
retorno onde quero trabalhar por ela. Pois ela é a divina água que limpa e
clareia os ensinamentos do Cristo. No atual mar das agitadas correntezas
pelas quais o homem encarnado navega, Jesus é bússola e o Espiritismo o
santo pano que limpa o vidro do instrumento borrado pela águas que ele mesmo
agita em sua turbulenta caminhada."

O Desencarne de uma não Espírita (Parte 1)

Esta estória real, contada pela própria protagonista, por meio de uma
psicografia, descreve um caso de uma complexa transição e nos ajuda a
compreender como é trabalhoso e sofrido o retorno à pátria espiritual dos
mal informados. Compartilho-a aqui em terceira pessoa:

Amélia era uma crente fervorosa, praticava tudo conforme a interpretação do
orientador de sua igreja mandava. Lia os evangelhos, comparecia aos cultos,
contribuía na casa como era possível. Já madura e mãe, vitimada por um
problema cardíaco, seu corpo físico faleceu. Seus, ainda fortes, laços
fluídicos, mantiveram-na na terra por mais tempo que o desejado. Estava
ainda ligada ao antigo corpo físico, agora imprestável e que agora jazia
dentro de um caixão. Sua consciência despertava aos poucos com rápidos
lapsos de lucidez que oscilavam entre ver, ouvir e sentir impressões
externas juntamente com lembranças de alguns momentos de sua vida. Aos
poucos, a lucidez aumentava unida a algumas duvidas. Um desconforto tomava
forma, assim como incômodos em varias partes do corpo espiritual. A
serenidade e a fé deram ligar ao medo, a dúvida e preocupações. Sua visão
lentamente ficava mais nítida e o ambiente parecia hostil. A fraqueza e uma
estranha atração à maquina corpórea, que não mais respondia, a confundia
desesperadamente. Impossibilitada de sequer dar mais que alguns passos,
odores desagradáveis, visões macabras e idéias confusas deram lugar a um
estado de pânico que não tardou a se instalar. Em sua mente vinham algumas
questões a respeito daquele lugar que ela tentava associar involuntariamente
a momentos de sua vida; a pregação do líder de sua igreja, sua repugnância
às demais crenças, o não aceite em observar outros mandamentos que lhe
chegavam por meio de estranhos e amigos. Ela nem mesmo compreendia por que
estava passando por tudo aquilo. As sensações eram incompreensíveis e davam
lugar a elucubrações cada vez mais confusas que por sua vez faziam-na
visualizar criações mentais de espíritos infelizes nas redondezas do
cemitério onde sua cova jazia. Em outro campo vibratório, porém no mesmo
local, um número considerável de amigos fraternos a assistia. Alguns
trabalhavam no desligamento dos laços que a mantinha entrelaçada ao corpo
físico, outros aplicavam passes sobre sua mente de modo procurar fazê-la se
acalmar para que, assim, voltando seu espírito e sua vontade ao alto,
pudesse despertar perante algumas questões que talvez explicassem o que se
passava. Mas, infelizmente, o pouco preparo de Amélia não a permitia
compreender o apoio incessante e, ao invés de desejar desligar-se do corpo
físico e do local que a convidavam a sofrimentos inenarráveis, ela se
embaraçava cada vez mais em suposições que a levavam a estados ainda mais
infelizes. A situação perdurou alguns dias agravadas por pensamentos de seus
entes queridos, ainda encarnados, que lhe transmitiam tristeza e dolorosa
saudade. Até que o trabalho dos prestimosos auxiliares espirituais se deu
por completo: os laços fluídicos, que a mantinham-na presa ao corpo físico,
estavam completamente quebrados. Uma nova fase se iniciava e urgia
transportar o perispírito da senhora para um local de trabalho adequado. O
coordenador da missão prepara o plano que envolvia técnicos habilidosos, o
anjo de guarda de Amélia, caravana e transporte, recepção e instruções
futuras. A pobre senhora não podia visualizar sequer uma pequena fatia da
trabalhosa, elaborada e delicada operação que se transcorria em seu
benefício. O coordenador da missão conclui que mais alguns dias na crosta
terrestre ainda seriam de grande importância. Aplicam então um passe
balsâmico e fazem-na adormecer, transportam-na para uma célula de
atendimento espiritual, próxima a uma área onde a natureza abundava e
oferecia diversos recursos. Horas depois ela desperta e suas duvidas e
criações mentais voltavam a borbulhar. Os auxiliares procuravam minimizar a
situação enquanto outros técnicos, dentro dos limites permitidos, procuravam
domar as criações mentais criadas. No intimo de Amélia, se o paraíso agora
não se apresentou algo estava muito errado. Jesus não lhe abrira os braços
com seus santos anjos para recebê-la. Logo, infelizmente, por um motivo que
ela desconhecia, estava no inferno. E, neste ínterim, ela começa a moldar em
volta de si a forma como aprendeu a crer no inferno, segundo gravuras e
contos de sua religião. O ambiente se transforma e densificava cada vez
mais. Poucas horas depois, entidades, frutos de sua própria criação, munidas
de chifres, patas, rabos e tridentes a circulavam como a torturá-la. Havia
forte sensação de calor insuportável. Gritou, chorou e tentava fugir como
podia, mas suas criações a perseguiam com tanto afinco quanto ela as
alimentava. A triste situação assim permaneceu por mais alguns dias, até
que, notando certa receptividade, o coordenador da missão lhe insufla na
mente: "Deus é bom, é bom. Ele é todo bondade e lhe quer ao lado Dele!" A
mensagem toca o intimo da senhora que se acalma e raciocina sobre aquela
estranha intuição, se ajoelhando e, não mais suportando a situação, estende
as mãos ao alto rogando a Deus misericórdia: "Salve-me senhor, salve-me! Não
mereço! Te imploro. Por favor!" O pedido toma força de prece, as criações
mentais de Amélia perdem força agora dando lugar a imaginar Deus e seu reino
divino que, agora, habilitavam os técnicos a transmutarem as energias densas
criadas e prestar auxilio e sugestão mais intensa. Neste momento, o
coordenador da missão toma forma de um lindo e brilhante anjo e, ajustando
seu padrão vibratório ao de Amélia, faz-se visível a ela. O anjo brilhante,
batendo suavemente as enormes asas douradas a alguns metros do solo e num
fundo de grande luz e beleza, lhe estende os braços e diz: "Vem! Vem minha
filha!" Amélia sente-se deliciada, aliviada, como se houvesse sido resgatada
das profundezas de um inferno incompreensível. E, em lágrimas, entrega-se ao
belíssimo anjo que a toma fraternalmente no colo e a caravana, que já
aguardava, parte para a colônia: "Servos de Maria."

A viagem de Amélia estava apenas começando...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A conversa entre o Crente e o Ateu

Após o discurso, um ateu aborda o palestrante: "Não consigo acreditar no que
diz, acredito que a vida é uma conseqüência do acaso e que tudo se extingue
na morte." O palestrante, pacientemente sorri e o chama para conversar lhe
falando: "Mas você já estudou todos os fenômenos que julgais conhecer? Por
um acaso a ciência já penetrou nos mais íntimos campos? Não, a ciência cada
vez mais se desenvolve e vê abrir diante dela um universo a ser cada vez
mais explorado. Antes de negar, estuda. Pesquise os resultados daqueles que
já se interessaram sobre o que chamais de sobrenatural." O homem interrompe
e diz: "Mas creio serem nada mais que mistificadores interessados no sucesso
financeiro." O palestrante redargua: "Está ai uma das ferramentas para
descobrir embusteiros. Verá homens e estudiosos respeitáveis dotados dos
mais sinceros desapegos e eles lhe confundirão." O ateu: "Ouvi falar de um
tal Chico Xaiver, seria este um deles?" O palestrante: "Sem dúvida alguma.
Este deve lhe deixar um tanto intrigado, não? Como um homem que poderia
abrir mão de tudo para doar e se doar e como explicar tão extraordinários
poderes?" O ateu: "Mas não é por que não entendo que devo aceitar." O
palestrante: "Ainda não. Mas somente; ainda. Seu progresso hoje lhe permite
apenas dúvidas, o que antes poderia ter sido ridicularizarão ou condenação.
Sua abertura a maiores questões é fase notória de seu despertar que talvez
nem mesmo se dê por completo nesta vida. Alguns fatos devem lhe chamar a
atenção e gritar-lhe à curiosidade, não? Como um homem, de nome Jesus,
mudaria tanto na estória? Ao ponto de se zerar o calendário? Ele foi como
uma lagarta que rastejou como homens, praticamente comum aos desconhecidos,
para mostrar que há mais vida do que a que lhes estavam à vista e
futuramente alçar vôos conhecendo mundos que não eram possíveis desbravar,
pois quando ainda homens nada mais eram que somente lagartas a se
desenvolver." O ateu: "E se todos estiverem errados?" O Palestrante: "Se
somos seres eternos o que seriam 100 anos de redenção? Agora, se a vida
começa e termina aqui e temos a opção de levá-la aos limites dos prazeres,
sem moral ou ética alguma seria somente um acordar e dormir. Mas se
estiverdes errados? Trocarias um trilhão de moedas de outro por apenas cem?
Meu irmão, o próprio fim é a mais visível prova de que este o mundo não é o
real. Verás em sua vida que somente o amor entendido e praticado pode
movimentar o progresso e que sua alma vibrará ao sofrê-lo, tanto quanto hoje
a duvida lhe chama, para que futuramente o pratique." O ateu permanece
confuso e em silêncio por alguns instantes, despedindo-se pensativo. Neste
momento, um estudante, que ouviu a conversa, comenta com o Palestrante:
"Como é triste ver nossos irmãos se esforçando em não acreditar." O
Palestrante contrapõe: Não meu filho, como é dignificante vê-los lenta e
suavemente despertando. É necessário entender que o progresso para o nível
de espiritualização que nosso planeta se encontra atualmente se dá
lentamente. Deus não coloca a luz no alqueire mas a espalha para quem quiser
ver. De que adiantaria mostrá-la a um cego que mantém seus folhos fechados
por opção? Nem mesmo grandes milagres os convenceriam até ele mesmo resolver
crer."